4 de Janeiro 1551927600 Não posso deixar minha mente muito solta, ela vai para lugares estranhos. Ela quase se desprende se eu não for cuidadoso. Não é incomum eu perder minha individualidade por algumas frações de segundo, algo como se ela esquecesse que é parte de mim, como se ela se perdesse de mim. Ao mesmo tempo, eu sou minha mente e a minha individualidade, abdicando a alma, só resta ela. Estaria eu à deriva de mim ? Nessas frações de segundo parece estranho ser alguém, por que não ser tudo ? Ou ser ninguém ? Simplesmente não ser parece mais libertador, não ? Ser parte do todo, ser parte do nada, ou ser tudo ao mesmo tempo, parece mais adequado para uma breve existência. A individualidade é bastante solitária e assustadora se colocada em perspectiva com o resto do universo não biológico. Ficamos dependendo de interações sociais para suprir nossa necessidade inerente de sermos um todo. Não que isso seja uma grande análise sociológica ou crítica fudida à sociedade atual, só que me perco em mim mesmo se não for cuidadoso, escrever ajuda.